Se a impressão 3D tem revolucionado
o mercado das tecnologias, moda ou decoração. Esta mesma técnica já chegou ao
mercado da Construção e promete trazer vantagens.
Permitindo uma modelação 3D, esta
poderá ser a solução para muitos Arquitectos e Designers que até à data nem
sempre conseguiam implementar as soluções idealizadas por falta de materiais
com flexibilidade compatível.
Cada vez mais têm surgido
empresas que se aliam a esta nova tecnologia, que, utilizando o princípio da
construção modular, permite construir edifícios e casas como os exemplos que se
observam abaixo.A construção é feita através de um layout de Autocad que comunica directamente com uma impressora 3D, com 20m de altura, 33m de largura e 132m de comprimento, onde são impressas peças separadamente, que posteriormente, in situ, são agrupadas tais como peças modulares.
O material utilizado e que dá
forma às peças, é constituído por produtos reciclados, tais como resíduos de
construção e resíduos industriais. Este material pode ser constituído por
betão, fibra de vidro, areias, endurecedores e todos os demais componentes, que
tendo em conta o fim a que se destina a peça fabricada permitem dar-lhe
características de estabilidade, flexibilidade, resistência, entre outras,
inclusivé características térmicas e acústicas.
Através de um layout em CAD e com
um controlador remoto, a peça vai-se criando, constituída por camadas de
material que endurecem à temperatura ambiente e que conferem-lhe alta
resistência.
Este método permite economizar até 60% do material utilizado numa
construção tradicional, além de reduzir signficativamente a produção de
resíduos e o consumo de energia.
Com tempos de fabrico competitivos
e características atractivas, este parece de facto ser o futuro, não muito
distante, da nossa construção tradicional.
Existem ainda alguns detalhes a
aperfeiçoar e o desafio de lajes e vigas de grandes dimensões impressas. Se bem
repararem, os edifícios que aqui são
apresentados não são integralmente impressos. As lajes e vigas ainda são
pré-fabricadas e algumas executadas por métodos tradicionais. Um desafio a ser
alcançado em 2015.
Creio no entanto que este médodo
que permite optimizar prazos utilizando material reciclado, com alta resistência,
forte impermeabilização, melhor permeabilidade de ar, melhor preservação do
calor, reduzida produção de carbono e um peso 50% abaixo dos materiais comuns,
tem ainda um longo caminho a percorrer inclusivé na Europa, onde a construção
continua a ser maioritariamente tradicional, com pequena incorporação de
construção modular.
(Todas as
fotos foram retiradas de http://3dprint.com)
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