sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Fachadas inteligentes estão próximas!

programa-quadro europeu “Horizonte 2020”
(Foto retirada de www.glass-international.com)

Se há algo que me fascina são soluções inteligentes!!! Que só nascem por se querer mais na Construção!! Pela evolução, ambição e investigação que permite de décadas em décadas transformar o sector.
A dinâmica da construção adaptada à era atual das tecnologias!! A rentabilidade energética de edifícios e arranha-céus que por todas a grandes cidades nascem ano após ano e que acrescentam uma quantidade significativa de emissões de dióxido de carbono.
Estima-se que um terço de todas as emissões de gases com efeito de estufa e 40% do consumo de energia na União Europeia, é resultante do aquecimento, refrigeração, ar condicionado e iluminação de edifícios. É portanto fundamental investir-se recursos para investigação de soluções energeticamente eficientes. É esta a alavanca mais importante para reduzir significativamente as emissões de dióxido de carbono e para alcançar os objetivos climáticos!!!
Dos vários projetos em curso financiados, o “Large-Area Fluidic Windows (LaWin)” é provavelmente um dos mais ambiciosos.
Enquadrado no âmbito do programa-quadro europeu “Horizonte 2020”, o projeto é apoiado pela Comissão Europeia com cerca de 6 milhões de euros, com uma reserva de 2,1 milhões destinada a parceiros industriais que participarão no desenvolvimento prático da solução.
O objectivo? Resumidamente, desenvolver uma solução inteligente para fachadas!
Porque afinal as fachadas não são meramente decorativas, e além do conforto térmico e acústico que proporcionam podem contribuir significativamente para a melhoria da eficiência energética dos edifícios.
Imaginam envidraçados que podem alterar a permeabilidade da luz com um simples toque num botão, fachadas cuja cor pode ser alterada de acordo com a radiação solar, incorporação de módulos fotovoltaicos transparentes ou microalgas para produção de biocombustível? 
Pois estes são os objetivos alvo de investigação do projeto “Large-Area Fluidic Windows (LaWin)”, coordenado pelo Prof. Ing Lothar Wondraczek, cientista de materiais na Universidade Friedrich Schiller, na Alemanha e constituído por uma equipa de investigadores de Materiais, Arquitetos e Engenheiros.
Os primeiros passos já foram, dados, e em cima da mesa encontra-se a ser desenvolvida uma nova solução de envidraçados, constituída por dois vidros, um deles constituído po canais microfluídicos pelos quais circula fluído que recolherá o calor exterior e transportá-lo-a para uma bomba de calor.
Uma ideia embrionária com muito ainda para desenvolver, testar em laboratório e também in situ, com a aplicação de fachadas inovadores em edifícios de referência.
Uma longa investigação, mas que com resultados positivos poderá começar em 2020 a reduzir significativamente a emissão de gases com efeitos de estufa.

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