Em menos de dois meses o Decoreng atingiu o
primeiro patamar significativo, graças a todos os interessados que diariamente
o visitam, contribuindo para a motivação extra de vos apresentar notícias,
projectos, obras emblemáticas e muito mais… É com muito gosto que, hoje, escrevo
o centésimo artigo!!
Como tal, investiguei e ponderei, para que este
seja um artigo de destaque. Como sabem o Decoreng dá muita importância a projectos
emblemáticos que conciliem a construção com a Natureza e hoje escolhi uma obra
marcante não só por essa razão mas também pela Arquitectura inspiradora!!!
Alguém ficará indiferente a estas imagens?
Vista panorâmica do Ecorium
(foto retirada de http://architecturelinked.com/)
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De Seocheon-gun, Coréia do Sul, apresento-vos o
Ecorium, Instituto Ecológico Nacional!
O projecto da autoria do gabinete SAMOO Architects and Engineers, com 33.090m2 é
inspirado em três conceitos-chaves ligados à Natureza.
O primeiro conceito centra-se na construção “a
partir da Natureza” expressa pelas linhas dinâmicas do instituto. O Segundo
conceito, inspirado na construção “como parte da Natureza”, utiliza tecnologia
de ponta para criar ambientes ecológicos, alinhando estufas com a quantidade ideal
de luz natural. O terceiro conceito, inspirado na “integração do edifício na
natureza” circundante, teve em conta os declives envolventes, bem como o impacto ambiental durante a construção do edifício.
O projecto, que servirá de centro de formação para
visitantes e espaço de estudo mundial de ecossistemas, compreende uma reserva
natural com áreas de plantas selvagens e reservas de zonas húmidas. O edifício,
em forma de estufa proporciona um ambiente realista, onde os visitantes podem
ver, ouvir, sentir e tocar, como se estivessem numa autêntica floresta tropical. Os espaços interiores contam com sistemas avançados para monitorizar as condições de qualidade do ar (temperatura, humidade, luminosidade, …) minimizando os custos de consumo de energia.
ver, ouvir, sentir e tocar, como se estivessem numa autêntica floresta tropical. Os espaços interiores contam com sistemas avançados para monitorizar as condições de qualidade do ar (temperatura, humidade, luminosidade, …) minimizando os custos de consumo de energia.
Os visitantes ao chegarem ao átrio, têm uma vista
completa das várias zonas climáticas, com vias de acesso a diferentes zonas,
desde as estufas, às zonas de exposição, teatros, cafés e lojas de presentes,
existentes no interior do edifício. Existe também um deck de observatório com
uma vista panorâmica sobre a zona tropical, fornecendo assim, aos visitantes, uma
visão mais realista do ambiente.
Vista interior de uma das estufas
(foto retirada de http://architecturelinked.com/)
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Cada estufa representa zonas diferentes, a estufa maior é a zona tropical, que adjacente tem a estufa dois que representa a zona sub-tropical, com o ambiente hostil dos desertos e a representação do futuro, com o constante aumento do aquecimento global. A terceira estufa representa a zona do mediterrâneo, cheio de abundância. A quarta estufa é uma zona temperada que representa o clima da Coreia. A última estufa representa a zona polar com um ambiente de temperaturas negativas.
Cada uma das estufas é constituída por um
mega-elemento em forma de arco que proporciona estabilidade a toda a estrutura.
As treliças verticais ligadas ao suporte principal do arco, fornecem a
resistência necessária a cargas e ventos. O revestimento da estrutura é feito a
partir de painéis de metal e vidro duplo, existindo em algumas zonas
acabamentos de madeira e acrílico.
Como um edifício sustentável, foram realizadas
várias simulações de projecto de modo a reduzir-se o consumo de energia e as
emissões de carbono no mínimo em 10%.
O grande desafio foi garantir as temperaturas
interiores de acordo com cada clima representado em cada estufa, pois os gastos
e desperdícios energéticos são elevadíssimos. Para alcançar o objectivo de
redução de consumos, a equipa projectista teve em conta o alinhamento e a
orientação das estufas de modo a criar o ambiente ideal em função das zonas
climáticas de cada uma, estando, por exemplo, algumas mais expostas aos raios
solares e outras protegidas. Além disso, foram também considerados fluxos de ar
para efeitos de ventilação natural e projectado um sistema de rega natural
através de uma cortina de água instalada nas paredes inclinadas de cada zona
climática.
Pela construção sustentável, pela diferença de
climas numa área reduzida e pelo reduzido impacto na natureza, o Ecorium será com
certeza um edifício de referência para a pesquisa, educação e exposição de
ideias verdes!
Outra perspectiva do Ecorium
(foto retirada de http://architecturelinked.com/)
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Vista panorâmica de todas as estufas
(foto retirada de http://architecturelinked.com/)
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Vista de esplanada ao ar livre, para os visitantes usufruirem
(foto retirada de http://architecturelinked.com/)
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Vista da entrada principal do Ecorium
(foto retirada de http://architecturelinked.com/)
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