sábado, 18 de janeiro de 2014

Biobetão

Material, obra <data:blog.title/> material<data:blog.pageName/> – <data:blog.title/>
E se conseguíssemos reduzir em mais de 40% as reclamações dos clientes nos primeiros dois anos?
Os materiais com composições diferentes têm de trabalhar e independentemente das técnicas utilizadas, juntas de dilatação e escolha de materiais, é quase inevitável que as microfissuras comecem a aparecer ao fim do primeiro ano.
Conforme publicado num artigo anterior, elas podem evoluir e apresentar sérias consequências para o imóvel, incluindo para a sua própria estrutura.
A reparação é complicada, dispendiosa, muitas vezes tardia e provoca imenso incómodo para os utilizadores dos espaços.
Mas se tivermos “materiais vivos” que se adaptem às diferentes temperaturas, aos materiais envolventes e às deformações dos primeiros anos e que se reciclem sempre que aparece a primeira patologia, seria possível reduzir reclamações, reduzir custos de garantia de obra, reduzir disponibilidade de tempo e todos os demais encargos directos e indirectos.
Foi a pensar nestes problemas, que uma equipa Holandesa de Universidade Técnica de Delft e mais tarde uma equipa orientada pelo Dr. Alan Richardson, da Universidade do Reino Unido, pensaram em criar um material capaz de se auto-reparar. Eles pensaram no material utilizado em maior escala: o betão.
Se ao betão fossem incorporadas bactérias produtoras de calcite, que entrassem em processo de produção quando expostas a ambientes ácidos, então
as microfissuras seriam automaticamente reparadas assim que se evidenciassem.
Denominado por Biobetão, é portanto um material constituído pela tradicional argamassa e bactérias, que entram em produção de calcite, e que preenchem de dentro para fora as fissuras que aparecem, selando completamente qualquer patologia que apareça e que possa levar à degradação das armaduras bem como do betão.
Com a redução das patologias, este material levará também ao aumento da “esperança de vida” das construções. Se actualmente temos betões com 50 e 100 anos de esperança de vida, a mesma poderá ser aumentada em 20 a 40 anos.
Os ensaios continuam e o aperfeiçoamento do material também. Prevê-se que em 2016 esteja a ser comercializado e que até lá o material se aperfeiçoe para ser competitivo no mercado, inclusive a nível económico.

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