Dica da semana: Como escolher um empreiteiro

A chave para o sucesso de qualquer obra, seja ela uma mega construção ou uma pequena remodelação está no ponto inicial e fulcral da escolha do Empreiteiro. Mesmo em tempos de crise, existe muita oferta de mercado no sector da construção, afinal é uma das profissões mais antigas e diversificadas quer pelas actividades a desenvolver quer pelas equipas recrutadas, que vão desde técnicos especializados a trabalhadores indiferenciados.

Enquanto estamos na fase de projecto temos possibilidade de alterar o mesmo sem grandes custos, até porque, para o fecho de qualquer grande projecto, existem diversas etapas para o cliente analisar e solicitar alterações, para posterior readaptação das soluções pelos projectistas, de modo a irem ao encontro do desejado. Mas na fase de construção, as alterações não são tão fáceis e envolvem custos adicionais, que sobrecarregam o orçamento do cliente.

Então a primeira fase de uma construção, passa pela escolha acertada do Empreiteiro, pois é ele a chave para o sucesso ou o fracasso da construção.

Um bom empreiteiro garante qualidade, prazos e satisfação do cliente. Jamais abandona a obra e claro não provoca transtornos.

Mas como escolher o Empreiteiro certo na grande oferta que existe? A Dica da Semana pretende responder a esta mesma pergunta.

Existem diversos pontos fulcrais a analisar nomeadamente:

Preço

Tenha bem presente que nem sempre o preço mais baixo é o mais vantajoso. Se o valor da obra mal cobre nem os materiais, como vai conseguir ter qualidade?

Faça uma consulta a tipos de material chave que deseja para o seu projecto, principalmente revestimentos e equipamentos, de modo a conseguir balizar minimamente os orçamentos que lhe apresentem e se efectivamente estão muito abaixo ou muito acima dos preços base dos materiais.

É óbvio que o preço final envolve toda a mão-de-obra, prazos e custos indirectos, mas terá sempre uma referência para discutir com o Empreiteiro.

Comunicação

Se na fase de orçamentos não consegue comunicar perfeitamente com o seu Empreiteiro, não o escolha, pois vai ter sérios problemas durante a obra!

Toda a obra é um fluxo vivo de informação, o cliente precisa de comunicar com o

Empreiteiro e vice-versa para poderem chegar aos resultados esperados. Então se a comunicação não é fluída nunca será possível atingir-se os objectivos.

É importante que se sinta à vontade para dar feedback ao empreiteiro sobre a evolução dos trabalhos e se vão ao encontro do que idealizou.

Aconselho vivamente que na fase de orçamentação, estabeleça uma relação de empatia com o Empreiteiro que vai contratar.

Referências

Nenhum Empreiteiro vai-lhe dizer que não é suficientemente bom para o seu projecto. Tenha em atenção que existem Empreiteiros especializados em determinados trabalhos.

Por exemplo, um Empreiteiro  habituado unicamente a trabalhos de construção de raiz e sem nenhum orientador com formação na área da reabilitação, vai ter mais dificuldades na execução da obra, do que um Empreiteiro com alguns anos de experiência na área da Reabilitação. Esta experiência é fundamental essencialmente para discussão de pequenas soluções que surgem no decorrer da obra e que muitas vezes, por falta de pré-informação, não estão contempladas em projecto.

Por isso este ponto está directamente relacionado com o anterior. É preciso uma boa comunicação para perceber a experiência que o Empreiteiro possui e saber até que ponto, mesmo não tendo experiência, tem conhecimento e capacidade para os aplicar.

Com uma boa relação, logo na fase de propostas, pode pedir-lhe referências, visita a anteriores obras, etc.

Especialização

No decorrer do atrás referido, se vai fazer uma obra específica então procure Empreiteiros reconhecidos por trabalhos análogos!

Contrate os trabalhos

Depois de passar todas as fases anteriores e de ter a certeza que encontrou o construtor ideal para o seu projecto, contrate-o! Mas não o contrate apenas com uma palavra e um aperto de mão.

Benéfico para ambos, realize um contrato com o seu construtor. Legalmente, ficarão vinculados quer para a execução do trabalho, não podendo o Empreiteiro abandonar a obra sem pré-aviso e subsequentes consequências, quer para o cumprimento das fases de pagamento dos trabalhos.

Este é um assunto delicado em que por norma quer o construtor, quer  o cliente perdem toda a razão. Já me deparei com muitas situações que se por um lado o construtor diminui a qualidade dos trabalhos e aumenta consideravelmente os prazos de execução, por outro lado o cliente não cumpre com o pagamento de trabalhos. E acredite…. Este é ponto inicial e fulcral para se passar de uma relação amigável para uma batalha.

Em suma, começar uma obra é um assunto sério, com muito trabalho e muitos custos envolvidos, portanto antes de dar o passo certifique-se que estabelece contractos com pessoas! Pessoas especializadas, com experiência na área, amigáveis, cordiais, que lhe vão facilitar a comunicação e anular problemas futuros.